A hora é agora! O Brasil vive um momento muito bom para quem tem a ambição de empreender; principalmente em empresas de cunho tecnológico. Recentemente, o Senado aprovou um projeto de lei que isenta as startups de impostos federais por pelos menos dois anos. Além do governo, existe muito empresário disposto a investir e ajudar os novatos nesse mundo do empreendedorismo também.
Mas por mais que momento seja propÃcio, parece que o novo empreendedor brasileiro ainda não conhece todas as possibilidades disponÃveis para criar uma empresa; principalmente quando o assunto é dinheiro. O paÃs nunca ofereceu tanta oportunidade. Antes de tirar a ideia do papel é preciso entender: existem muitas maneiras de ter acesso a capital, mas para cada necessidade, para cada fase do negócio, há uma forma diferente.
"Para capital de giro, empréstimo bancário e pesquisa não é ideal ter investimento anjo porque normalmente você precisa de entidades de fomento. O empreendedor precisa entender as possibilidades e escolher a melhor para ajudá-lo naquele momento especÃfico", recomenda Maria Rita Bueno, diretora / Anjos do Brasil.
Podemos imaginar as distintas formas de acesso ao capital como uma escada. O primeiro degrau, aquele investimento inicial, vem do dinheiro próprio; vale tudo: vender o carro, “paitrocÃnio”, empréstimo de amigos e por aà vai...
Um degrau acima estão as “linhas de fomento”. Quando o novo empreendedor, antes de lançar seu negócio, precisa fazer pesquisas de longo prazo o melhor caminho é buscar uma fonte de financiamento pública. Um exemplo é a FINEP – a Financiadora de Estudos e Projetos; uma empresa pública brasileira de fomento à ciência, tecnologia e inovação em empresas. Mas neste estágio existem também as chamadas “incubadoras”.
As incubadoras oferecem infraestrutura e relacionamento. São entidades diretamente ligadas às universidades onde o empreendedor encontra todo apoio necessário para pesquisar e desenvolver seu projeto.
No mesmo patamar das incubadoras estão também as “aceleradoras” que, como o próprio nome já diz, encurtam o prazo para o novo empreendedor lançar seu negócio no mercado. As aceleradoras são indispensáveis quando o que se busca é um teste de mercado.
"As aceleradoras são diferentes porque fazem investimento em capital, com valores entre R$ 20 mil e R$ 60 mil, e recebem uma parte da empresa. Elas ajudam o empreendedor com infraestrutura - normalmente tem um espaço com muita mentoria com acesso a profissionais e experts", diz Maria Rita Bueno, diretora / Anjos do Brasil.
Logo acima das incubadoras e aceleradoras, para aquele empreendedor que já está com o projeto praticamente pronto, estão os “investidores anjos”. Trata-se de pessoas fÃsicas que, além de colocar capital nessas startups, também agregam algum tipo de valor à nova empresa.
"É bacana porque o investidor anjo vai trazer para aquele projeto uma chance de sucesso muito maior. O que uma empresa precisa pra começar? De dinheiro, de capital. Mas precisa também entender um pouco de gestão, do contato com o cliente grande, de relacionamento para errar menos", completa.
Muitas startups atingiram o sucesso graças aos anjos. Para apresentar projetos a esse tipo de investidor, existem portais e uma série de eventos onde eles se reúnem para receber propostas. E, segundo nossa entrevistada, tem muito investidor com grana para apostar nas ideias dos jovens empreendedores brasileiros. Mas, claro, não é qualquer projeto que passa pelo crivo desses “apostadores”.
O investidor anjo sempre avalia muitas coisas em uma startup. Por exemplo, ela tem mercado? Escalabilidade? Qual é o modelo de negócio? E, acima de tudo isso: quem é esse novo empreendedor?!...
"O que ele quer mesmo é o empreendedor que tenha garra, capacidade de realização, que consiga criar o projeto, entender o que o cliente precisa e dar uma resposta relevantes para problemas reais".
Os investidores anjo brasileiros também estão sempre em busca de algo realmente inovador!
"Inovação é muito diferente de invenção, mas que tenha algo novo -- seja no modelo de negócio, seja no produto. Ele também busca alguma coisa que tenha um mercado muito amplo. Não adianta ter um projeto extremamente bacana e rentável para a sua cidade sendo que o investidor anjo não vai se interessar. Você precisa, no mÃnimo, de um projeto com escala nacional. E se for facilmente internacionalizável, o investidor normalmente adora!", aconselha.
Existem ainda outras formas de dar um pontapé inicial. Uma Bolsa de Valores voltada a startups foi inaugurada há pouco tempo na ilha caribenha de Curaçao. A ideia é simples: somente companhias recém-criadas podem negociar suas ações. Existe também a famosa “vaquinha virtual”; o crowdfunding. Lembre-se oportunidades podem ser únicas...
Estácio Participações S.A. ("Estácio"), com sede no Rio de Janeiro, Brasil, é uma das instituições lÃderes de ensino superior privado na América Latina, com mais de 313 mil alunos. A companhia foi fundada em 1970 e sua rede de ensino atual consiste em uma universidade, quatro centros universitários, 34 faculdades e 52 unidades de
ensino a distância reconhecidos pelo Ministério da Educação (MEC), com cobertura nacional. Ela é representada por 77 campi nos principais centros urbanos de 20 estados, estrategicamente localizados próximo às casas e / ou locais de trabalho de seu público-alvo, que consiste de trabalhadores de média e baixa renda.
A Estácio fez seu IPO em 2007. Em Março de 2008, quando tinha aproximadamente 200 mil alunos em 71 campi, o GPCPIV (fundo administrado pela GP Investments) adquiriu uma participação de 20% na companhia.
A tese de investimento foi basicamente suportada por (i) sólidos fundamentos da indústria; (ii) oportunidades de consolidação dado que o mercado era altamente fragmentado; e (iii) um espaço claro para melhoria nas operações, processos e produtos, principalmente através da introdução de ferramentas gerenciais normalmente utilizadas nas companhias de portfólio da GP.
Desde 2008, a ingerência da GP Investments na Estácio foi instrumental, tendo a GP participado ativamente da gestão da companhia e auxiliado na condução de um processo de turnaround operacional de bastante sucesso. O time, liderado por Eduardo Alcalay, não apenas implementou uma cultura orientada para resultados e processos de centralização eficientes, em um ambiente meritocrático, mas também desenvolveu um novo modelo acadêmico baseado em programas educacionais de alta qualidade.
Nos últimos anos, a Estácio progressivamente melhorou seu desempenho financeiro e operacional, criando elevado valor aos seus acionistas e oferecendo melhores programas educacionais a seus alunos. A companhia obteve um crescimento significativo em sua margem EBITDA no perÃodo, graças à s altas taxas de crescimento na captação de alunos e à alavancagem operacional. Atualmente, a Estácio está bem posicionada e equipada com um time de gestão sólido para continuar sua trajetória de crescimento sustentável e rentável.
O turnaround levou mais tempo do que o inicialmente planejado por conta da complexidade existente em administrar uma companhia educacional em um ambiente desafiador. No entanto, a decisão da Estácio de reduzir o ritmo de crescimento inorgânico enquanto o turnaround estava em seu momento mais crucial foi correta: permitiu à companhia estabelecer com sucesso as bases para uma estratégia de crescimento mais agressiva e, de 2011 em diante, a Estácio começou a entregar resultados muito melhores e aumentou o foco nas fusões e aquisições.
Como consequência, a Estácio registrou em 2012 expressiva valorização de 134% (em moeda local) em suas ações, num reconhecimento do mercado à consistência de seus ganhos de eficiência e à estratégia de expansão das operações.
A GP Investments iniciou seu processo de desinvestimento em Janeiro de 2013, por meio de uma venda secundária quando de uma oferta adicional de ações realizada pela companhia. Vendas em bloco (‘block trades’) foram realizadas nos meses subsequentes e a saÃda final ocorreu em 19 de setembro de 2013. O investimento bem sucedido na Estácio retornou à GP Investments e seus limited partners um múltiplo de 2,3x em relação ao investimento original, em aproximadamente cinco anos, com uma TIR resultante de aproximadamente 18% em dólares americanos.